Uma grande quantidade de drogas foi apreendida na manhã de domingo (5) em Sapucaia (RJ). Os entorpecentes foram encontrados perto da Ponte Branca, que liga o Centro da cidade ao distrito de Sapucaia de Minas, em Chiador (MG).
A apreensão foi realizada por policiais civis e militares. Foram encontradas 2.210 cápsulas de cocaína, 1.424 pedras de crack e três munições calibre 9mm. O material estava dentro de dois barris de plásticos, enterrados em uma área de mata.
"A droga foi localizada a partir da investigação da 109ªDP [Sapucaia] sobre a atuação na cidade de um grupo criminoso liderado por presidiários e cujos integrantes alegavam ter 'registrado' a cidade junto a uma facção", diz a nota enviada pela Polícia Civil.
O grupo em questão foi alvo da operação "Eu Gosto Assim", realizada em fevereiro deste ano, que terminou com o cumprimento de 43 dos 44 mandados prisão expedidos pela Justiça. Uma jovem, de 18 anos, é considerada foragida.
Todo o material apreendido foi levado para a delegacia de Sapucaia, onde a ocorrência foi registrada.
Quadrilha atuava desde 2021
O grupo atua em Sapucaia desde 2021. A cidade foi escolhida pelos criminosos por estar localizada na divisa com o estado de Minas Gerais, em um local considerado estratégico.
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha é "ligada à maior facção de tráfico de drogas do estado do Rio".
Grupo tinha registro em "cartório do crime"
A quadrilha é investigada pela Polícia Civil desde novembro do ano passado, após um adolescente ser flagrado com drogas e afirmar fazer parte de um "complexo" grupo criminoso.
De acordo com a Polícia Civil, o menor disse ainda que a quadrilha era liderada por três homens que estavam presos e, de dentro do presídio, ordenavam a ação dos criminosos através de mensagens de celular.
A Polícia Civil constatou que um dos chefes do grupo é um ex-funcionário terceirizado dos Correios, preso em 2017 por fazer parte de uma quadrilha responsável pelo roubo a diversas agências postais no estado.
No decorrer das investigações, foi constatado também que a quadrilha teria registrado em um "cartório do crime" a exclusividade da facção pela venda de drogas no local, além da permissão para matar integrantes de grupos rivais que tentassem comercializar entorpecentes.
Criança de 9 anos agredida a pauladas
O g1 teve acesso com exclusividade a alguns áudios de conversas dos criminosos no WhatsApp, após a Polícia Civil conseguir a quebra de sigilos de dados de telefones apreendidos.
Em um destes áudios, uma mulher, integrante da quadrilha, diz que: "Loló a gente pode estar providenciando, mas maconha tem bastante, bastante".
Além de ostentar o estoque de drogas, os criminosos faziam uso de armas de fogo para ameaçar de morte quem tentasse denunciá-los.
Em uma dessas represálias, um dos envolvidos teria tentado matar uma criança de 9 anos com pauladas na cabeça por achar que a mãe dela estava filmando a ação da quadrilha.
Fonte: G1/Sul do Rio e Costa Verde
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